terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Reconstruir? Desconstruir?


como sempre a trilha sonora... e a desse texto é essa aqui.

Fiquei horas a fio diante da tela. Dando replay e replay e replay em uma mesma canção. Pensando sobre tudo. Pensando sobre mudanças. Talvez o que eu escreva aqui não terá nenhum sentido ou muitos, mas acredito que essa é a hora oportuna de voltar. Reconheço que não tenho mais tantas habilidades assim na escrita, mas me lembro muito bem que aqui era o meu momento de refúgio. Era sobre me escrever em cada linha para que depois eu pudesse me lê, me conhecer, me observar, me vê crescer, me vê diminuir, me vê sofrer e também amar. 
Eu tinha fios e fios de textos aqui nesse blog e apaguei. Guardei e perdi. A única coisa que tenho, que ainda me guarda as lembranças daqui, é um caderno antigo cheio de rabiscos que eu nem sinto vontade de ler e me reconhecer, me observar, me sentir. 
Eu posterguei dia após dia voltar ao meu lugar de catarse. A voltar ao lugar que me permitia criar através de palavras e ser como sou... sem aparas, sem cuidados, sem estar cheia de cautelas... houve uma época em que atrás da tela não era tão julgada, idealizada... eu era o que as pessoas liam aqui, nua e crua. 
But, eu apaguei e com um delete muita coisa na vida se vai. 
E tudo isso... esse impasse de voltar aqui ou não, me trouxe muito embate e reflexão. Se isso me faz bem, por quê não estou aqui? Se isso faz com que eu veja a mim mesma e me reconstrua, por quê não estou aqui? Se isso me traz leveza na ponta dos dedos, por quê não estou aqui? Não sei. Não sei nenhuma das respostas. Mas quem sabe um dia eu encontre ou não. 
O que eu aprendi com tudo isso? Com o tempo fora daqui ou de mim? Eu observei que eu aprendi a silenciar e que eu aprendi a observar e a sentir as pessoas e a sentir como eu me sinto em relação as pessoas. Eu, outrora, tagarela, que falava pelos cotovelos, aprendi a silenciar e observar e isso me trouxe um processo de autoconhecimento muito grande que nunca irá caber em cada uma dessas linhas. 
Então, eu me desconstruí para me reconstruir. Ou seria ao contrário?

Isso a gente vai descobrindo...


sábado, 10 de agosto de 2019

E construo castelos

Fevereiro de 2015 eu disse que voltaria e não voltei. E me pergunto, hoje, diante da tela em branco: Por quê não?! Por quê não voltar?!

Tanta coisa mudou e me colocou de frente comigo mesmo. O tempo me roubou o riso fácil. Trouxe consigo a envergadura das coisas. Um olhar diferente. Uma procura por um caminho que talvez nunca finde. Uma trégua. Uma certeza. E a dúvida de sempre.

RENOVAÇÃO.

O pra sempre, sempre acaba e recomeça... meio torto, meio sem jeito, meio olhando pro antigo e achando tudo novo. Essa sensação de infinitude, às vezes, assusta, mas acolhe e tranquiliza. 

E estou aqui novamente... construindo castelos antigos ou começando do alicerce? 

O tempo dirá. 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

''E volta o cão arrependido...''

tudo na vida precisa de trilha sonora... a desse texto está aqui.


Várias vezes eu desisti dessa história de blog (como também de um monte de coisas nessa vida). Mas eu não sou blogueira nem uma pessoa que desiste de tudo na vida... foram apenas decisões certas em horas erradas.
Enfim, i'm back. O meu borboletar voltou.
Sinto que preciso de algo que me mostre um pouco. Não sempre, mas de vez em quando. Meu borboletar é meu lugar de catarse. Venho aqui e coloco (colocarei) para fora as várias coisas que vem me habitando. Alegrias. Inquietudes. Infinitudes.
Estive tempos sem escrever. Estava vivendo muitas coisas. Algumas serão ditas aqui, outras não.
Precisei de uma distância para conseguir voltar a escrever algo. Esses anos me trouxeram fortes emoções, positivas e negativas.

É uma sensação incrível poder dizer: ''a pessoa que escreve aqui, não escreve porque está triste ou amargurada. Há outra pessoa: 6 anos mais velha, com novas perspectivas, com mais coragem, com segurança de si, uma vida melhor, umas percepções da vida melhores ainda, com mais livros, mais amadurecimento, mais força de vontade. A pessoa que vos escreve tem o maior sorriso do mundo estampado não só na cara, mas no corpo inteiro.''

Já sabem. O meu borboletar é piegas, transparente, cheio de verdades, inquietudes, sem fôlego, tal qual como a dona dele. Cada qual tem a catarse que merece.

Então, é isso... o meu borboletar voltou e é muito bom dizer isso.